Pluma de contaminação
- EAS AMBIENTAL
- 9 de jan. de 2018
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Caminhamento da mancha de contaminação provocada pela emissão de poluentes no subsolo a partir de uma fonte pontual e que tem uma expansão previsível. Esta expansão é influenciada pelo fluxo da água subterrânea (gradiente hidráulico, velocidade, tipo de recarga), pela permeabilidade do solo e pela natureza e volume dos contaminantes despejados.
A pluma de contaminação é o resultado do transporte de contaminantes dissolvidos em água subterrânea. Ao encontrar uma fonte de contaminação, que pode ser um vazamento, derrame, material enterrado, ou outros, a água dissolve lentamente os compostos ali presentes (não originais do aquífero ou não naturais) e os transporta consigo. A velocidade do transporte depende da própria velocidade da água subterrânea, sendo esta determinada pelo seu gradiente hidráulico e pela condutividade hidráulica, um parâmetro específico para cada tipo de material que compõe o aquífero, explica o hidrogeólogo Everton de Oliveira, PhD pela Universidade de Waterloo, sócio da Hidroplan e presidente da Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS). Segundo ele, o comportamento do contaminante nas águas subterrâneas depende de suas propriedades físicas e químicas, como densidade, solubilidade, viscosidade, entre outros. “Por exemplo, contaminantes mais densos que a água e pouco miscíveis tendem a atingir maiores profundidades, conseqüentemente aumentando a dificuldade na remediação”. Ele explica também que o trabalho de delineamento, ou avaliação da extensão de uma pluma de contaminação, é feito com a utilização de métodos indiretos (como geofísica) e métodos diretos, com instalação de poços de monitoramento, coleta de amostras de água subterrânea e análises químicas. “As análises dependem do histórico do local, variando com os tipos de contaminantes potenciais que podem ser encontrados no local”, explica.

A utilização de barreiras hidráulicas para contenção de plumas de contaminação é historicamente uma das primeiras formas de remediação que foram utilizadas. Uma barreira hidráulica consiste na instalação de uma seqüência de poços de bombeamento de forma a interceptar a pluma de contaminação, assegurando que não haja progresso da contaminação além do limite estabelecido pela barreira. Esta é uma técnica de contenção da evolução da pluma, funcionando também como remediação, uma vez que a água produzida deve ser tratada em superfície. A remediação da contaminação de solo e água subterrânea pela utilização da barreira hidráulica foi denominada em inglês de 'pump-and-treat', bombeamento e tratamento. O Sistema Pump and Treat é um dos métodos mais tradicionais de remediação, onde consiste no bombeamento da água subterrânea contaminada (fase dissolvida) e da fase livre subsuperficial para a superfície através de poços de bombeamento, para posterior tratamento. Para o tratamento dos contaminantes podem ser utilizadas inúmeras técnicas como, por exemplo, tratamento biológico, físico-químico, entre outros dependendo das concentrações e tipos de contaminantes encontrados no site.
Fontes: Consult Poços Artesianos, AgSolve, Abas , Blog I Era da Água- Hidroplan e Projeto Ambiental
O homem tem todo o poder de destruição. Mas tem essa coisa do sonho, da realização. A natureza é sábia. Se a gente der um empurrãozinho, ela segue em frente”. LENINE
Engenheira Ambiental e Sanitária
Mariene Bonfim Holanda
BR